já vais?


Dizer-te adeus é renegar todos os meus sonhos e ir morrendo um pouco a cada dia. É esconder dentro de mim o que te disse um dia. É o pesadelo constante de te poder perder. É ter que guardar-te na lembrança, guardar na memória o presente que me foi arrancado e pagar tudo isso com lágrimas. É suportar o facto de ter o meu amor perdido em outro país. Por conseguinte a misericórdia não chega quando chamo por ela! Apenas posso ir rindo de mim mesma, por sofrer viva! Ver a felicidade nos outros, a partir do meu mundo perdido, é tão frustrante. Tenho aqui o meu coração para o levares, com ele nas tuas mãos vejo-o parar. Tontamente perco-me no teu olhar, parece que será a última vez na minha vida que o vou poder fazer. Sussurras-me que é a despedida. Dizes à tua princesa “logo, voltarei, logo estarei aqui”, mas a minha tristeza egoísta não te quer deixar ir. Respondo euforicamente “quero que me leves contigo, no galopar do teu cavalo”, quero também que repitas que sou a mulher com queres estar, que vais estar sempre do meu lado. Eu sei que feliz não estás, por isso leva contigo o meu sabor. Agora comigo só fica a ausência e a nossa dor, mas definitivamente o meu coração vai contigo!

“a despedida é uma dor tão suave que te diria boa noite até o amanhecer…” (Romeu e Julieta)

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